Tuesday, June 16, 2009

Greve de sexo

Está desde ontem e até sexta-feira, dia 19 , em reposição, no Teatro Municipal do Funchal, a peça Greve de sexo. E , já agora, quem não sabe fica a saber que a mesma deu origem a um post, escrevinhado por mim e editado a 31 de Março, um dia depois de eu ter visto Greve de sexo.
Para poupar os preguiçosos transcrevo abaixo o dito post, que chamei na altura Fazer amor não a guerra. Lindo, né?
Saudações e aqui reedito o material ...


O sexo em troca da paz. Ou era assim ou não havia nada para ninguém.
Onde? Na comédia de Aristófanes: Greve de sexo, ou Lisístrata.
O tema da peça, escrita muito antes de Cristo - exibida até 30 /03 no Teatro Municipal do Funchal - continua em voga. Então não é que no último final de ano umas nativas da Bella Italia, mais concretamente de Nápoles, resolveram imitar as gregas mas, em vez de sexo pela paz, trocavam sexo pelo fogo de artifício do réveillon. Não queriam que os maridos, os amantes, os namorados e afins corressem o risco de ficarem estropiados e de as deixarem à nora. Ninguém sabe se a greve resultou porque, uma coisa é certa: é preciso cumplicidade entre o mulheredo para que as coisas resultem, caso contrário, com tanto mulherio a furar a greve a coisa fica comprometida .... e pode ficar feio para as autoras da greve.
No caso do nosso amigo Aristófanes o assunto ficou resolvido porque o mulherio, sob o comando de Lisístrata, resistiu unido, embora com incalculáveis sacrifícios e ameaças de fura-greve. Assim, vimos que o "mulheredo unido jamais será vencido". E os homens puderam, enfim, após muito sacrifício, assinar o armistício, e trocar as armas da guerra pelas armas do amor. "Às armas, às armas", ao encontro das mulheres, marchar , marchar. E foi o que fizeram e ficaram todos a ganhar... E o amor andou no ar. E a guerra findou!

1 comment:

Sonia Schmorantz said...

Se todos reconhecerem a força do sexo, quem sabe trocamos de armas na guerra? rss...excelente texto.
um abraço e ótima semana