Tuesday, November 9, 2010

Mordomias terceiro-mundistas


Portugal é um país de mordomias onde os governantes, quando chegam ao poder, se comportam como novos ricos: ele é carro de alta cilindrada, telemóvel sem limites, despesas de representação, etc. nada que se compare com a Suécia onde, por exemplo, os ministros e os parlamentares vão para o emprego por seus meios e os carros só são usados para o serviço.

O governo não sabe onde cortar? Comece pelas mordomias deste tipo! Mas há mais! Na Suiça, as pensões de reforma têm um tecto máximo de 1 700 euros e ninguém acumula reformas. Ninguém! Como os PPR (Planos de Poupança Reforma) são obrigatórios, quem quiser receber mais na reforma que esteja à vontade e invista mais.

E as empresas públicas cujos administradores recebem mensalmente mais do que o Presidente da República, sem contar com os prémios, dividendos e sabe-se lá que mais.

E as derrapagens económicas das adjudicações? Ninguém presta contas?

E os ordenados milionários dos administradores da Fundação Cidade Guimarães? E--- E ---

O ministro das finanças não sabe onde há-de mais cortar na despesas pública? Haja vontade política. Portugal mais parece um país terceiro-mundista. Como diz Medina Carreira: quanto mais atrasado é um país mais mordomias tem.

E assim estamos! Até quando?

2 comments:

helena nunes said...

assim é. eu diria que há uma forte ilitracia na política portuguesa. tão básico quanto a sua definição. "ilitracia = incapacidade para perceber ou interpretar o que é lido". ou seja, os políticos instalados nas suas cómodas pastas, estão perfeitamente conscientes da realidade que os rodeia, seja ela social, económica, ambiental ou outra. simplesmente são incapazes de interpretar essa realidade objectivamente. porque lhes interessa, vergonhosamente, servir os seus próprios interesses e não os dos cidadãos que os elegeram.

Heresias said...

Pois é, cara Helena, esta vaga de políticos pós 25 de Abril é muito medíocre porque está cheia de "democratas" do clientelismo partidários. Lesam e o Estado e ninguém parece importar-se. O resultado está à vista.
Saudações