Pode. Mas não deve. Fazer amor com quem gosta. Porquê? As convenções sociais estão primeiro e diferem manifestamente para as mulheres e para os homens.
Resultado? Aquilo que parecia ser um sonho, aos dezoito anos, provoca um sucedâneo de choques. Era assim na Inglaterra de 1774, o ano em que começa a acção do filme A Duquesa, protagonizado por Keira Knightley, ela própria a Duquesa de Devonshire, Georgiana Cavendish, ou simplesmente G, em filme de Saul Dibb.
1º choque: o riquíssimo Duque, Ralph Fiennes, assume o código aristocrático do casamento: depois do dever cumprido, à espera de um herdeiro macho (motivo do “esforço” para legitimar um herdeiro), ele autoriza-se a divertir-se com as serviçais, que estão na residência para todo o serviço.
2º choque: chega à residência uma criança com mais ou menos dois anos e o Duque anuncia que ficará a viver com eles considerando que a mãe morreu . G intui que é filha dele. Ele admite.
3º choque: o Duque parece entender-se melhor com os cães, de raça, claro, do que com as pessoas em geral e a esposa em particular.
4º choque: os duques geram duas filhas e a culpada é G, porque está em causa a linha sucessória assegurada por um varão .
5º choque: o Duque de Devonshire torna-se amante da única amiga da sua esposa.
6º choque: blá blá blá blá blá.
7º choque: etc. e tal.
A quantos choques pode uma pessoas resistir?
Ora Georgiana é bela, inteligente, popular e admirada nos meios sociais ingleses. Envolve-se na vida pública, numa altura em que o exercício político do voto era interdito às mulheres, e faz campanha por um partido político. Um jovem político, futuro primeiro-ministro, entra em cena e os sentimentos eclodem.
Sincera, a Duquesa avisa o marido sobre os seus afectos e intenções. Afinal, toda a gente tem amantes e Bess, a amiga-amante é imposta lá em casa... Em resposta o Duque viola G: ela tem de lhe dar primeiro um herdeiro antes de fazer o que quiser com a sua vida. Efectivamente daí resulta um filho varão, o que provoca, circunstancialmente, o afastamento de G do apaixonado, cujo amor ainda não tinha sido consumado.
Contudo, o último acto ainda vem longe e o drama continua. Como acaba?
De acordo com as convenções sociais uma mulher deve sorrir. Sorrir sempre, mesmo que tenha o coração despedaçado e que a vida tenha andado em círculo assegurando assim a reprodução das ditas convenções… E Georgiana ainda conseguiu sorrir… Para que tudo fique bem. Para os outros…
Quantos sorrisos escondem almas partidas?
Resultado? Aquilo que parecia ser um sonho, aos dezoito anos, provoca um sucedâneo de choques. Era assim na Inglaterra de 1774, o ano em que começa a acção do filme A Duquesa, protagonizado por Keira Knightley, ela própria a Duquesa de Devonshire, Georgiana Cavendish, ou simplesmente G, em filme de Saul Dibb.
1º choque: o riquíssimo Duque, Ralph Fiennes, assume o código aristocrático do casamento: depois do dever cumprido, à espera de um herdeiro macho (motivo do “esforço” para legitimar um herdeiro), ele autoriza-se a divertir-se com as serviçais, que estão na residência para todo o serviço.
2º choque: chega à residência uma criança com mais ou menos dois anos e o Duque anuncia que ficará a viver com eles considerando que a mãe morreu . G intui que é filha dele. Ele admite.
3º choque: o Duque parece entender-se melhor com os cães, de raça, claro, do que com as pessoas em geral e a esposa em particular.
4º choque: os duques geram duas filhas e a culpada é G, porque está em causa a linha sucessória assegurada por um varão .
5º choque: o Duque de Devonshire torna-se amante da única amiga da sua esposa.
6º choque: blá blá blá blá blá.
7º choque: etc. e tal.
A quantos choques pode uma pessoas resistir?
Ora Georgiana é bela, inteligente, popular e admirada nos meios sociais ingleses. Envolve-se na vida pública, numa altura em que o exercício político do voto era interdito às mulheres, e faz campanha por um partido político. Um jovem político, futuro primeiro-ministro, entra em cena e os sentimentos eclodem.
Sincera, a Duquesa avisa o marido sobre os seus afectos e intenções. Afinal, toda a gente tem amantes e Bess, a amiga-amante é imposta lá em casa... Em resposta o Duque viola G: ela tem de lhe dar primeiro um herdeiro antes de fazer o que quiser com a sua vida. Efectivamente daí resulta um filho varão, o que provoca, circunstancialmente, o afastamento de G do apaixonado, cujo amor ainda não tinha sido consumado.
Contudo, o último acto ainda vem longe e o drama continua. Como acaba?
De acordo com as convenções sociais uma mulher deve sorrir. Sorrir sempre, mesmo que tenha o coração despedaçado e que a vida tenha andado em círculo assegurando assim a reprodução das ditas convenções… E Georgiana ainda conseguiu sorrir… Para que tudo fique bem. Para os outros…
Quantos sorrisos escondem almas partidas?
5 comments:
"Heresias",
Como deixou passar o prazo de 48h para reclamar o prémio que ganhou no passatempo «Acontece...», do 'Sorumbático', o livro vai ser sorteado ainda hoje.
Infelizmente tive um problema com a Banda Larga (substituiram-me o cartão, depois de mutas canseiras... ) e só agora entro. Lamento não ter ido a tempo de receber o meu prémio. Logo eu que nunca ganho nada...
Paciência.
Saudações
Heresias:
Na impossibilidade de encontrar outra forma (ou email, talvez por inoperância da minha parte) de comunicar consigo, vou recorrer a este meio.
Quero agradecer-lhe as simpáticas palavras e o comentário deixado no meu blogue. Apareça sempre.
E já agora parabéns também pelo seu blogue, que passarei a visitar, prometo.
LISBOA = PORTUGAL
Olá Heresias
Muito obrigado pela tua visita e pelo teu cumentário, com o, a propósito do tiro no meu neto Rodrigo. A isso chamo solidariedade, que antecede um valor que muito prezo: a Amizade.
Por isso, aqui aterrei – e gostei. Bom blogue, sim senhores, o teu. Interessante, bem arrumado, bem escrito.
Viste, por certo, o meu perfil. É q.b., como nas receitas culinárias... Sou um homem dos sete ofícios.
Dito isto, e como a publicidade conta e muito…
SEGUIDORE(A)S PRECISAM-SE
Inscreve-te como seguidora do meu blogue – e serás muito feliz. Não pagas nada. Nem taxa de inscrição nem quaisquer quotas. Muito menos IRS ou IMI. Tens a tua (belíssima) foto e o teu blogue ali anunciado. Fazes novo(a)s Amigo(a)s. E passas a receber mensagens de muita gente e de muitos Países. E eu entrarei no Guiness das Listas de Seguidores. É tudo benefício. E… sem truques. Bué da fixe!!!!! Verás que não te arrependes… juro pela minha virgindade (1941/09/20).
O meu imeile ou imilio (primorosas criações cá do rapaz):
hantferreira@gmail.com. Manda-me o teu, se quiseres… Espero por ti na minha lista, pelos teus cumentários, com o, e que o teu gang assim também proceda. E mais: se quiseres (em) colaborar no A Minha Travessa do Ferreira – digam. Importante: não pago nada. Nadinha. Os desgraçados dos euros estão muito caros e… raros. Amen. Ite, missa est…
Qjs Abs
Gostei muito do seu espaço, e pretendo voltar sempre que possível! parabéns pelos seus textos.
André
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